Lesões do Manguito Rotador
O manguito rotador é uma estrutura formada por 4 tendões: subescapular, supraespinhoso, infraespinhoso e redondo menor. Ele auxilia o ombro a elevar-se, rodar externa e internamente. A ruptura de 1 ou mais destes tendões pode provocar dor no ombro, notadamente a noite e em determinados movimentos. A origem dessa ruptura é multifatorial: idade, genética, cigarro, sobrecarga, impacto em saliências ósseas, ... . O tratamento dependerá da: idade, tamanho da lesão, tabagismo, qualidade do músculo,... . O tratamento varia desde o tratamento conservador com fisioterapia ou infiltração até a cirurgia de reparo artroscópico.
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Epicondilite lateral
A epicondilite lateral ou "cotovelo do tenista" é uma alteração que ocorre nos tendões que dão força de pressão na mão e extensão do punho. A dor se localiza na região lateral do cotovelo. Não se conhece muito bem a causa dessa alteração, mas na maioria dos pacientes, a doença tem um curso auto-limitado, apesar de longa duração. O tratamento na maior parte dos pacientes tem o objetivo de amenizar a dor. O tratamento cirúrgico é a exceção, realizado normalmente aos 12 meses de evolução da doença.
Capsulite adesiva
A capsulite adesiva ou "ombro congelado" é uma inflamação que acomete a cápsula articular do ombro. A sua causa não é conhecida, apesar de ser mais comum em diabéticos, portadores de hipotireoidismo e usuários de anti-convulsivantes. A doença tem um curso auto-limitado, evoluindo em 3 fases consecutivas: dor, rigidez articular (congelamento) e cura. Todo esse processo pode levar de 12 a 24 meses. O tratamento é, em sua imensa maioria, sintomático.
Instabilidade do Ombro
A luxação do ombro pode ocorrer após um trauma ou após um movimento banal em pacientes com grande frouxidão articular. A probabilidade do ombro voltar a "sair do lugar"depende da: idade, tipo de esporte, presença de frouxidão articular, ... . O tratamento dependerá também de vários fatores: idade, número de episódios, lesão óssea, tipo de esporte. O tratamento pode ser conservador com fisioterapia ou cirúrgico, sendo este artroscópico ou aberto.
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Artrose do Ombro e do Cotovelo
A artrose é a perda de cartilagem entre 2 ossos que se articulam com consequente atrito entre as superfícies ósseas, resultando em formação de osteófitos, crepitações, perda de movimento e um processo inflamatório permanente com consequente dor. O tratamento dependerá do grau de artrose e da idade do paciente podendo variar entre o tratamento medicamentoso até o tratamento cirúrgico, sendo este artroscópico ("toillete") ou aberto ( prótese).
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Fraturas do ombro
Prótese total de cotovelo Prótese Anatômica de ombro Prótese Reversa (Invertida) de Ombro
Diversos tipos de fratura podem acometer o ombro. Fraturas da clavícula, da escápula e do úmero proximal estão neste espectro. De uma forma geral, a maior partes destas fraturas será tratada de forma não cirúrgica. A cirurgia está indicada nos casos de desvios importantes entre os fragmentos fraturados ou na maior parte das fraturas acompanhadas de luxação do ombro. O tratamento cirúrgico varia desde a osteossíntese com fios, parafusos e placas até uma prótese nas fraturas com múltiplos fragmentos da cabeça do úmero.
Fraturas do cotovelo
O úmero distal, o rádio e a ulna proximal juntamente com os ligamentos que unem estes ossos compõe a articulação do cotovelo e todos estes podem ser acometidos por fraturas, de maneira isolada ou em conjunto. "Tríade terrível" do cotovelo, fraturas-luxações transolecraneanas, fratura do olécrano, da cabeça do rádio e fraturas supracondilianas do úmero compõe este espectro de lesões. Algumas fraturas isoladas e com pequeno desvio são tratadas de forma não cirúrgica, mas a maior parte das fraturas complexas (combinadas) e com desvios importantes serão tratadas cirurgicamente, em sua maior parte com fios, parafusos e placas e em casos muito selecionados com próteses do cotovelo e da cabeça do rádio.
Rotura do bíceps distal
O tendão distal do músculo bíceps se insere na tuberosidade biceptal do rádio e pode sofrer ruturas parciais ou completas em movimentos de contração súbita e excessiva do músculo. Isto ocorre mais comumente em homens de meia-idade ou em pacientes mais jovens com histórico de uso de anabolizantes associada a carregamento de peso excessivo em musculação. Habitualmente, as lesões parciais podem ser tratadas, inicialmente, de forma não cirúrgica, mas as ruturas completas são, em sua maioria, tratadas de forma cirúrgica, prendendo-se o tendão de volta ao osso.